Tempo e espaço
Hermínio Miranda, com base nos episódios relatados pela Dra. Rhine, sobre uma jovem canadense que antecipou cenas de seu exame para motorista, que aconteceu dois dias depois; e sobre uma senhora de Seatle que antecipou cenas da janela de seu trem, que aconteceu meses depois; concluiu que se podemos ver o futuro, então é porque ele já existe.
Leibnitz disse, há mais de dois séculos, que o espaço é “a ordem ou relação das coisas entre si”; sem coisas, nada existe.
Hermínio indaga se haveria um espaço absoluto ou um tempo absoluto que servisse de referência às noções de espaço e tempo particulares de cada sistema; como o conceito de tempo da Terra, que decorre do seu movimento em torno de si e em torno do Sol.
Prof. Barnett alega que a dificuldade no entendimento da Teoria da Relatividade depende da compreensão de que o senso de tempo é uma forma de percepção. Um lapso de tempo nada é sem um evento que o assinale. Tempo é um conceito subjetivo, que depende de um observador para apreciá-lo e está subordinado à sua localização no Universo. Por exemplo: se às 19h00 ligássemos para Londres, cuja hora local seria 0h00, ainda assim estaríamos falando ao mesmo tempo. Se falássemos com Arcturus, um corpo celeste, essa diferença seria de 38 anos entre o “alô” e a resposta. Por isso o Prof. Barnett concluiu que o Universo, o mundo objetivo não “acontece”, simplesmente existe.URANOGRAFIA: ciência que descreve e estuda os fenômenos do céu; astronomia.
1. - A principal definição de “espaço é a extensão que separa dois corpos”. Seguindo esta idéia, alguns sofistas deduziram que onde não haja corpos não haverá espaço; o que serviu para alguns doutores em teologia afirmarem que sendo finito o número de corpos finito será o espaço.
Outra definição de espaço é “lugar onde se movem os mundos, o vazio onde a matéria atua”.
Galileu (Espírito comunicante pelo médium Camille Flammarion à Sociedade Espírita de Paris, em 1862 e 1863) propõe que se estabeleça o espaço como infinito. Argumenta que é difícil imaginar-se-lhe um limite; que seria mais fácil avançar eternamente pelo espaço, em pensamento, do que parar num ponto qualquer.
2. - “O tempo é a sucessão das coisas. Está ligado à eternidade, do mesmo modo que as coisas estão ligadas ao infinito”.
A Terra, no princípio, não se movia; por isso não se poderia determinar o tempo em época de séculos. Ao primeiro movimento, surgiu a manhã e a tarde. Para a Terra, a eternidade foi substituída pelo tempo contado em anos e séculos. Chegando o último dia deste mundo, cessarão os seus movimentos e o tempo acabará. Para a natureza universal, permanecem a imensidade sem limites e a eternidade sem limites.
O tempo é “medida relativa da sucessão das coisas transitórias”. Não existe medida de duração para a eternidade; ela não tem começo, nem fim: tudo lhe é presente.
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