domingo, 18 de dezembro de 2011

Documentário: Eu maior

Eu Maior é um documentário sobre auto-conhecimento e busca da felicidade. Para isso, a produção está entrevistando expoentes brasileiros entre líderes espirituais, intelectuais, esportistas e artistas. Eu Maior está em fase de pós-produção e será lançado em 2012 primeiramente no cinema, depois em DVD, TV e internet com distribuição gratuita.
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domingo, 2 de outubro de 2011

Fontes Espíritas

Pequeno vídeo alertando sobre a prudência que devemos ter, enquanto espíritas, com relação aos livros, artigos, sites e revistas espíritas disponíveis.

sábado, 9 de julho de 2011

O Espiritismo: de Allan Kardec aos dias de hoje... (Documentário Federalção Espírita))



Em comemoração ao Bicentenário de Nascimento de Allan Kardec (1804-2004), o Codificador do Espiritismo, a Federação Espírita Brasileira (FEB), em parceria com a Versátil Home Video, apresenta "O Espiritismo - De Kardec aos Dias de Hoje". O filme traz uma visão geral sobre os preceitos básicos da Doutrina Espírita e sua contribuição para o progresso e a felicidade do ser humano. Abrangendo desde as obras que compõe a Codificação do Espiritismo por Allan Kardec ao Movimento Espírita da atualidade, é uma excelente introdução à Filosofia, à Ciência e à Religião Espírita.

Oferecimento: Acervo Virtual Espírita - http://acervovirtualespirita.webs.com - (Espaço dedicado ao espiritismo e a espiritualidade, diversificado material gratuito para download)

domingo, 5 de junho de 2011

PROGRESSÃO DOS MUNDOS

Santo Agostinho - Paris,1862


O progresso é uma das leis da Natureza. Todos os seres da Criação, animados e inanimados, estão submetidos a ela pela bondade de Deus, que deseja que tudo se engrandeça e prospere. A própria destruição, que parece aos homens o limite final das coisas, é apenas um meio de chegar, por meio da transformação, a um estado mais perfeito, porque tudo morre para renascer e nada volta para o nada.

Ao mesmo tempo que os seres vivos progridem moralmente, os mundos que eles habitam progridem materialmente. Quem pudesse seguir um mundo em suas diversas fases, desde o instante em que se agregaram os primeiros átomos que serviram para constituí-lo, veria que ele percorre uma escala contínua e progressiva, mas em graus pequeníssimos para cada geração, e oferece a seus habitantes uma morada mais agradável à medida que eles também avançam no caminho do progresso. Assim, caminham paralelamente o progresso do homem e o dos animais, seus auxiliares, o dos vegetais e o da habitação, pois nada fica estacionário na Natureza.

Como é grandiosa esta idéia, e digna do Criador! E como, em contrário, é pequena e indigna de seu poder aquela que concentra toda a sua atenção e Providência no minúsculo torrão de areia, que é a Terra, e reduz a Humanidade a alguns homens que a habitam!

Assim é que a Terra, seguindo essa lei da progressão dos mundos, esteve material e moralmente em um estado inferior ao que está hoje e atingirá sob esses dois aspectos um grau mais avançado. Ela atingiu um de seus períodos de transformação, em que de mundo expiatório se tornará em mundo
generador, onde os homens serão felizes, pois a Lei de Deus reinará.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Destinação dos espíritos errantes.


As missões de que podem ser encarregados os Espíritos errantes são tão variadas que impossível fora descrevê-las. Muitas há mesmo que não podeis compreender. Os Espíritos executam as vontades de Deus e não vos é dado penetrar-lhe todos os desígnios.
As missões dos Espíritos têm sempre por objeto o bem. Quer como Espíritos, quer como homens, são incumbidos de auxiliar o progresso da Humanidade, dos povos ou dos indivíduos, dentro de um círculo de idéias mais ou menos amplas, mais ou menos especiais e de velar pela execução de determinadas coisas. Alguns desempenham missões mais restritas e, de certo modo, pessoais ou inteiramente locais, como sejam assistir os enfermos, os agonizantes, os aflitos, velar por aqueles de quem se constituíram guias e protetores, dirigi-los, dando-lhes conselhos ou inspirando-lhes bons pensamentos. Pode dizer-se que há tantos gêneros de missões quantas as espécies de interesses a resguardar, assim no mundo físico, como no moral. O Espírito se adianta conforme à maneira por que desempenha a sua tarefa.

Cada Espírito é recompensado de acordo com as suas obras, com o bem que intentou fazer e com a retidão de suas intenções.
Os Espíritos encarnados têm ocupações inerentes às suas existências corpóreas. No estado de erraticidade, ou de desmaterialização, tais ocupações são adequadas ao grau de adiantamento deles.



·         Uns percorrem os mundos, se ocupam com o progresso, dirigindo os acontecimentos e sugerindo idéias que lhe sejam propícias. Assistem os homens de gênio que concorrem para o adiantamento da Humanidade.

·         Outros encarnam com determinada missão de progresso.

·         Outros tomam sob sua tutela os indivíduos, as famílias, as reuniões, as cidades e os povos, dos quais se constituem os anjos guardiães, os gênios protetores e os Espíritos familiares.




·         Outros, finalmente, presidem aos fenômenos da Natureza, de que se fazem os agentes diretos.

·         Os Espíritos vulgares se imiscuem em nossas ocupações e diversões.



·         Os impuros ou imperfeitos aguardam, em sofrimentos e angústias, o momento em que praza a Deus proporcionar-lhes meios de se adiantarem. Se praticam o mal, é pelo despeito de ainda não poderem gozar do bem.

terça-feira, 10 de maio de 2011

Os Bons Espíritas

 O Espiritismo bem compreendido e bem sentido leva o homem
naturalmente às qualidades mencionadas, que caracterizam o verdadeiro
espírita, o verdadeiro cristão, pois um e outro são a mesma coisa.
O Espiritismo não estabelece nenhuma nova ordem moral, mas facilita
aos homens a compreensão e a prática da moral do Cristo, dando
a fé inabalável e esclarecida àqueles que duvidam ou vacilam.
Muitos daqueles que acreditam nos fatos das manifestações espíritas
não compreendem nem suas conseqüências, nem seu alcance
moral, ou, se os compreendem, não os aplicam a si mesmos. Por que
isso acontece? Será falta de clareza da Doutrina? Não. A Doutrina
Espírita não contém nem alegorias*, nem figuras* que possam dar
lugar a falsas interpretações. A clareza é sua própria essência, e é de
onde vem a sua força, pois vai diretamente à inteligência. Ela não tem
nada de misteriosa, e seus seguidores não estão de posse de nenhum
segredo oculto ao povo.
É preciso, então, para compreendê-la, uma inteligência fora do
comum? Não. Há homens de uma reconhecida capacidade que não
a compreendem, enquanto inteligências simples, até mesmo jovens,
mal saídos da adolescência, apreendem-na com uma admirável exatidão,
nos seus mais delicados detalhes. Isso acontece porque a
parte por assim dizer material da Ciência não requer mais do que
olhos para ser observada. Enquanto a parte essencial do Espiritismo
exige um certo grau de sensibilidade, que independe da idade ou do
grau de instrução da criatura, ao qual podemos chamar de maturidade
do senso moral, essa maturidade lhe é própria porque, de certa
forma, corresponde ao grau de desenvolvimento que o Espírito encarnado
já possui.
Os laços da matéria, em alguns, estão ainda muito fortes para
permitir ao Espírito libertar-se das coisas da Terra; o nevoeiro que
o envolve impede-lhe a visão do infinito. Eis porque ele não rompe
facilmente nem com seus gostos, nem com seus hábitos, não percebendo
que possa haver qualquer coisa de melhor do que aquilo
que possui. A crença nos Espíritos é, para eles, um simples fato,
que modifica muito pouco, ou quase nada, suas tendências instintivas.
Numa palavra: vêem apenas um raio de luz, insuficiente para
orientá-los e lhes dar uma vontade determinada, capaz de vencer
suas tendências. Eles prendem-se mais aos fenômenos do que à
moral, que lhes parece banal e monótona; pedem aos Espíritos para
ter acesso de imediato aos novos mistérios, sem perguntar a si
mesmos se são dignos para penetrar nas vontades e mistérios do
Criador. São espíritas imperfeitos, alguns deles estacionam no caminho
ou se distanciam de seus irmãos em crença, pois recuam
diante da obrigação de se reformarem, ou então reservam suas
simpatias para aqueles que compartilham das suas fraquezas e
prevenções. Entretanto, a aceitação dos princípios da Doutrina
Espírita é um primeiro passo que lhes permitirá um segundo mais
fácil numa outra existência.
Aquele que pode, com razão, ser qualificado como verdadeiro
e sincero espírita está num grau superior de adiantamento moral; o
Espírito, já dominando mais completamente a matéria, dá-lhe uma
percepção mais clara do futuro; os princípios da Doutrina Espírita
fazem nele vibrar os sentimentos, que permanecem adormecidos
nos outros; em uma palavra, foi tocado no coração e a sua fé é
inabalável. Um é como o músico que se comove com os acordes,
enquanto o outro ouve apenas sons. Reconhece-se o verdadeiro
espírita por sua transformação moral e pelos esforços que faz para
dominar suas más tendências; enquanto um se satisfaz em seu horizonte
limitado, o outro, que compreende um pouco mais,
esforça-se para se libertar dele e sempre o consegue, quando tem
uma vontade firme.

terça-feira, 3 de maio de 2011

Auxílio Moral - Emmanuel



Em muitas circunstâncias, afligimo-nos ante a impossibilidade de alterar o pensamento ou o rumo das pessoas queridas.

Como auxiliar um filho que se distancia de nós, através de atitudes que consideramos indesejáveis, ou amparar um amigo que persiste em caminho que não nos parece o melhor?

Às vezes, a criatura em causa é alguém que nos mereceu longo tempo de convivência e carinho; noutros lances da vida, é pessoa que se nos erigia na estrada em baliza de luz.

Tudo o que era harmonia passa ao domínio das contradições aparentes, e tudo aquilo que se nos figurava tarefa triunfante, nos oferece a impressão de trabalho deteriorado voltando à estaca zero.

Chegados a esse ponto de indagação e estranheza é imperioso compreender que todos os temos na edificação espiritual uns dos outros uma parte limitada de serviço e concurso, depois da qual vem a parte de Deus.

O lavrador promove condições favoráveis ao plantio da lavoura, mas não consegue colocar o embrião na semente; protege a árvore, mas não lhe inventa a seiva.

Assim ocorre igualmente conosco, nas linhas da existência.

Cada qual de nós pode ofertar a outrem apenas a colaboração de que é capaz.

Além dela, surge a zona íntima de cada um, na qual opera a Divina Providência, através de processos inesperados e, muitas vezes, francamente inacessíveis ao nosso estreito entendimento.

Diante, pois, dos seres diletos que se nos complicam na estrada, o melhor e mais eficiente auxílio moral com que possamos socorrê-los, será sempre o ato de entender-lhes a bênção da oração silenciosa, para que aceitem, onde se colocaram, o Amparo Divino que nunca falha.

Sejam quais sejam os problemas que nos forem apresentados pelos entes queridos, guardemos a própria serenidade e cumpramos para com eles a parte de serviço e devotamento que lhes devemos, depois da qual é forçoso nos decidamos a entregá-los à oficina da vida, em cujas engrenagens e experiências recolherão, tanto quanto nós todos temos recebido, a parte oculta do Amor e da assistência de Deus.


Xavier, Francisco Cândido. Do Livro: Alma e Coração. Ditado pelo Espírito Emmanuel

Espíritos Errantes



Separado do corpo físico, pela desencarnação, o Espírito, na maioria das vezes, reencarna depois de intervalos mais ou menos longos. Esses intervalos podem durar de algumas horas a alguns milhares de séculos, não existindo, neste sentido, limite determinado. Podem prolongar-se por muito tempo, mas nunca são perpétuos. Nesses intervalos, fica no estado de Espírito errante, estado em que espera nova reencarnação, aspirando a novo destino.

O fato de estar desencarnado, porém, não coloca o Espírito, obrigatoriamente, na condição de errante. Errante só o é o que necessita de nova encarnação para melhorar-se. O Espírito que não precisa mais encarnar para progredir já está no estado de Espírito puro. Assim, quanto ao estado em que se encontrem, os Espíritos podem ser:

1) Encarnados, que estão ligados a um corpo físico;

2) Errantes, que estão aguardando nova encarnação;

3) Puros, que estão desligados da matéria e sem necessidade de nova encarnação, já que chegaram à perfeição.
Convém destacar que o estado de erraticidade não é, por si só, sinal de inferioridade dos Espíritos, uma vez que há Espíritos errantes de todos os graus. A reencarnação é um estado transitório, já que o estado normal é quando está liberto da matéria.

Nesse estado de erraticidade, os espíritos não ficam inertes: estudam, observam, buscam informações que lhes enriqueçam o conhecimento das coisas, procurando o melhor meio de se elevarem. Como observa Léon Denis:"(...) O ensino dos Espíritos sobre a vida de além-túmulo faz-nos saber que no espaço não há lugar algum destinado à contemplação estéril, à beatitude ociosa. Todas as regiões do espaço estão povoadas por Espíritos laboriosos. (...)"

Assim, na condição de errante, o Espírito pode melhorar-se muito, conquistando novos conhecimentos, dependendo isso, naturalmente, de sua maior ou menor vontade. Todavia, será na condição de Espírito encarnado que terá oportunidade de colocar em prática as idéias que adquiriu e realizar, efetivamente, o progresso que está buscando.

Gabriel Delanne nos lembra: "(...) Os Espíritos são os próprios construtores do seu futuro conforme o ensino do Cristo: "A cada um segundo as suas obras." Todo Espírito que ficar demorado em seu progresso somente de si próprio deverá queixar-se, do mesmo modo que aquele que se adiantar tem todo o mérito do seu procedimento: a felicidade que ele conquistou tem por esse fato mais valor aos seus olhos.

A vida normal do Espírito efetua-se no espaço, mas a encarnação opera-se terras que povoam o Infinito; esta é necessária ao seu duplo progresso, moral e intelectual: ao progresso intelectual, pela atividade que ele é obrigado a desenvolver no trabalho; ao progresso moral, pela necessidade que os homens têm uns dos outros. A vida social é a pedra de toque das boas e das más qualidades. (...)"

Como explicar, entretanto, a situação da criança, cuja vida material se interrompe? E por que esse fato ocorre?

Tal qual acontece com o de um adulto, o Espírito de uma criança que morre em tenra idade volta ao mundo dos Espíritos. E, às vezes, é bem mais adiantado e bem mais experiente que o de um adulto, já que pode ter progredido em encarnações passadas.

"A curta duração da vida da criança pode representar, para o Espírito que a animava, o complemento de existência precedentemente interrompida antes do momento em que deverá terminar, e sua morte, também não raro, constitui provação ou expiação para os pais."

O Espírito cuja existência se interrompeu no período da infância recomeça uma nova existência."(...) Se uma única existência tivesse o homem e se, extinguindo-se-lhe ela, sua sorte ficasse decidida para a eternidade, qual seria o mérito de metade do gênero humano, da que morre na infância, para gozar, sem esforços, da felicidade eterna e com que direito se acharia isenta das condições, às vezes tão duras, a que se vê submetida a outra metade? Semelhante ordem de coisas não corresponderia à justiça de Deus. Com a reencarnação, a igualdade é real para todos. (...)"
Com a experiência vivida pelo Espírito da criança, os seus pais são também provados em sua compreensão para com a vida ou, então, resgatam débitos que assumiram no passado.

Compreendemos, assim que O Universo inteiro evolui.
         
          Segundo Léon Denis, como os mundos, os Espíritos prosseguem seu curso eterno, arrastados para um estado superior, entregues a ocupações diversas. Progressos a realizar, ciência a adquirir, dor a sufocar, remorsos a acalmar, amor, expiação, devotamento, sacrifício, todas essas forças, todas essas coisas os estimulam, os aguilhoam, os precipitam na obra; e, nessa imensidade sem limites, reinam incessantemente o movimento e a vida. A imobilidade e a inação é o retrocesso, é a morte. Sob o impulso da grande lei, seres e mundos, almas e sóis, tudo gravita e move-se na órbita gigantesca traçada pela vontade divina."


sexta-feira, 29 de abril de 2011

ADOLFO BEZERRA DE MENEZES - 1831 – 1900

Adolfo Bezerra de Menezes nasceu na antiga Freguesia do Riacho do Sangue (hoje Jaguaretama), no Estado do Ceará, no dia 29 de agosto de 1831, desencarnando no Rio da Janeiro, no dia 11 de abril de 1900.

 No ano de 1838 entrou para a escola pública da Vila do Frade, onde, em dez meses apenas, preparou-se, suficientemente, até onde dava os conhecimentos do professor que dirigia a primeira fase de sua educação. Muito cedo revelou a sua fulgurante inteligência, pois aos 11 anos de idade iniciava o curso de Humanidades e, aos 13 anos, conhecia tão bem o latim que ele próprio o ministrava aos seus companheiros, substituindo o professor da classe em seus impedimentos.
 Seu pai, o capitão das antigas milícias e tenente- coronel da Guarda Nacional, Antônio Bezerra de Menezes, homem severo, de honestidade a toda prova e de ilibado caráter, tinha bens de fortuna em fazendas de criação. Com a política, e por efeito do seu bom coração, que o levou a dar abonos de favor a parentes e amigos, que o procuravam para explorar- lhe os sentimentos de caridade, comprometeu aquela fortuna. Percebendo, porém, que seus débitos igualavam seus haveres, procurou os credores e lhes propôs entregar tudo o que possuía, o que era suficiente para integralizar a dívida. Os credores, todos seus amigos, recusaram a proposta, dizendo- lhe que pagasse como e quando quisesse.
 O velho honrado insistiu; porém, não conseguiu demover os credores sobre essa resolução, por isso deliberou tornar- se mero administrador do que fora sua fortuna, não retirando dela senão o que fosse estritamente necessário para a manutenção da sua família, que assim passou da abastança às privações.Animado do firme propósito de orientar- se pelo caráter íntegro de seu pai, Bezerra de Menezes, com minguada quantia que seus parentes lhe deram, e animado do propósito de sobrepujar todos os óbices, partiu para o Rio de Janeiro a fim de seguir a carreira que sua vocação lhe inspirava: a Medicina.
Em novembro de 1852, ingressou como praticante interno no Hospital da Santa Casa de Misericórdia. Doutorou- se em 1856 pela Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, defendendo a tese "Diagnóstico do Cancro". Nessa altura abandonou o último patronímico, passando a assinar apenas Adolfo Bezerra de Menezes. A 27 de abril de 1857, candidatou-se ao quadro de membros titulares da Academia Imperial de Medicina, com a memória "Algumas Considerações sobre o Cancro encarado pelo lado do Tratamento". O parecer foi lido pelo relator designado, Acadêmico José Pereira Rego, a 11 de maio de 1857, tendo a eleição se efetuado a 18 de maio do mesmo ano e a posse a 1.o. de junho. Em 1858 candidatou- se a uma vaga de lente substituto da Secção de Cirurgia da Faculdade de Medicina. Por intercessão do mestre Manoel Feliciano Pereira de Carvalho, então Cirurgião- Mor do Exército, Bezerra de Menezes foi nomeado seu assistente, no posto de Cirurgião- Tenente.
 Eleito vereador municipal pelo Partido Liberal, em 1861, teve sua eleição impugnada pelo chefe conservador Haddock Lobo, sob a alegação de ser medico militar. Com o objetivo de servir o seu partido, que necessitava dele para ter maioria na Câmara, resolveu afastar-se do Exército. Em 1867, foi eleito Deputado Geral, tendo ainda figurado numa lista tríplice para uma carreira no Senado.
 Quando político, levantaram-se contra ele, a exemplo do que sucede com todos os políticos honestos, rudes campanhas de injuria, cobrindo seu nome de impropérios entretanto, a prova da pureza de sua alma, deu-a, quando deliberou abandonar a vida publica e dedicar-se aos pobres, repartindo com os necessitados o pouco que possuía. Corria sempre ao casebre do pobre onde houvesse um mal a combater, levando ao aflito o conforto de sua palavra de bondade, o recurso da sua profissão de médico e o auxilio da sua bolsa minguada e generosa.
 Afastado interinamente da atividade política, dedicou-se a empreendimentos empresariais criou a Companhia Estrada de Ferro Macaé/Campos, na então província do Rio de Janeiro. Posteriormente, empenhou-se na construção da via férrea de Santo Antônio de Pádua, pretendendo levá-la ate o Rio Doce, desejo que não conseguiu realizar. Foi um dos diretores da Companhia Arquitetônica que, em 1872 abriu o Boulevard 28 de Setembro , no então bairro de Vila Isabel. Em 1875, foi presidente da Companhia Carril de São Cristóvão. Voltando a política, foi eleito vereador em 1876, exercendo o mandato ate 1880. Foi ainda presidente da Câmara e Deputado Geral pela Província do Rio de Janeiro, no ano de 1880.
 O Dr. Carlos Travassos havia empreendido a primeira tradução das obras de Allan Kardec e levara a bom termo a versão portuguesa de "O Livro dos Espíritos". Logo que esse livro saiu do prelo levou um exemplar ao deputado Bezerra de Menezes, entregando- o com dedicatória. O episódio foi descrito do seguinte modo pelo futuro Médico dos Pobres: "Deu- mo na cidade e eu morava na Tijuca, a uma hora de viagem de bonde. Embarquei com o livro e, como não tinha distração para a longa viagem, disse comigo: ora, adeus! Não hei de ir para o inferno por ler isto... Depois, é ridículo confessar- me ignorante desta filosofia, quando tenho estudado todas as escolas filosóficas. Pensando assim, abri o livro e prendi- me a ele, como acontecera com a Bíblia. Lia. Mas não encontrava nada que fosse novo para meu Espírito.
  Entretanto, tudo aquilo era novo para mim!... Eu já tinha lido ou ouvido tudo o que se achava no "O Livro dos Espíritos". Preocupei- me seriamente com este fato maravilhoso e a mim mesmo dizia: parece que eu era espírita inconsciente, ou, mesmo como se diz vulgarmente, de nascença".
 Demonstrada a sua capacidade literária no terreno filosófico, que pelas replicas, quer pelos estudos doutrinários, a Comissão de Propaganda da União Espirita do Brasil incumbiu Bezerra de Menezes de escrever, aos domingos, no O Paiz , tradicional órgão da imprensa brasileira, dirigido por Quintino Bocaiúva, uma serie de artigos sob o titulo O Espiritismo - Estudos Filosóficos . Os artigos de Max , pseudônimo de Bezerra de Menezes, marcaram a época de ouro da propaganda espirita no Brasil. Esses artigos foram publicados, ininterruptamente, de 1886 a 1893.
 Da bibliografia de Bezerra de Menezes, antes e após a sua conversão do Espiritismo, constam os seguintes trabalhos: "A Escravidão no Brasil e as medidas que convém tomar para extingui-la sem dano para a Nação", "Breves considerações sobre as secas do Norte", "A Casa Assombrada", "A Loucura sob Novo Prisma", "A Doutrina Espírita como Filosofia Teogônica", "Casamento e Mortalha", "Pérola Negra", "Lázaro -- o Leproso", "História de um Sonho", "Evangelho do Futuro". Escreveu ainda várias biografias de homens célebres, como o Visconde do Uruguai, o Visconde de Carvalas, etc. Foi um dos redatores de "A Reforma", órgão liberal da Corte, e redator do jornal "Sentinela da Liberdade".
 No dia 16 de agosto de 1886, um auditório de cerca de duas mil pessoas da melhor sociedade enchia a sala de honra da Guarda Velha, na rua da Guarda Velha, atual Avenida 13 de Maio, no Rio de Janeiro, para ouvir em silêncio, emocionado, atônito, a palavra sábia do eminente político, do eminente médico, do eminente cidadão, do eminente católico, Dr. Bezerra de Menezes, que proclamava a sua decidida conversão ao Espiritismo.
Em 1894, o ambiente demonstrou tendências de melhora e o nome de Bezerra foi lembrado como o único capaz de unificar a família espírita. O infatigável batalhador, com 63 anos de idade, assumiu a presidência da Federação Espirita Brasileira.Iniciava- se o ano de 1900, e Bezerra de Menezes foi acometido de violento ataque de congestão cerebral, que o prostrou no leito, de onde não mais se levantaria.Verdadeira romaria de visitantes acorria à sua casa. Ora o rico, ora o pobre, ora o opulento, ora o que nada possuía.
 Ninguém desconhecia a luta tremenda em que se debatia a família do grande apóstolo do Espiritismo. Todos conheciam suas dificuldades financeiras, mas ninguém teria a coragem de oferecer fosse o que fosse, de forma direta. Por isso, os visitantes depositavam suas espórtulas, delicadamente, debaixo do seu travesseiro. No dia seguinte, a pessoa que lhe foi mudar as fronhas, surpreendeu- se por ver ali desde o tostão do pobre até a nota de duzentos mil reis do abastado!...
 Desencarnou em 11 de abril de 1900. Ocorrida a sua desencarnação, verdadeira peregrinação demandou sua residência a fim de prestar- lhe a última visita.No dia 17 de abril, promovido por Leopoldo Cirne, reuniram- se alguns amigos de Bezerra, a fim de chegarem a um acordo sobre a melhor maneira de amparar a sua família, tendo então sido formada uma comissão que funcionou sob a presidência de Quintino Bocaiúva, senador da República, para se promover espetáculos e concertos, em benefício da família daquele que mereceu o cognome de "Kardec Brasileiro".
 Digno de registro foi um caso sucedido com o Dr. Bezerra de Menezes, quando ainda era estudante de Medicina. Ele estava em sérias dificuldades financeiras, precisando da quantia de cinqüenta mil réis (antiga moeda brasileira), para pagamento das taxas da Faculdade e para outros gastos indispensáveis em sua habitação, pois o senhorio, sem qualquer contemplação, ameaçava despejá-lo.
 Desesperado -- uma das raras vezes em que Bezerra se desesperou na vida -- e como não fosse incrédulo, ergueu os olhos ao Alto e apelou a Deus.Poucos dias após bateram- lhe à porta. Era um moço simpático e de atitudes polidas que pretendia tratar algumas aulas de Matemática. Bezerra recusou, a princípio, alegando ser essa matéria a que mais detestava, entretanto, o visitante insistiu e por fim, lembrando- se de sua situação desesperadora, resolveu aceitar.
 O moço pretextou então que poderia esbanjar a mesada recebida do pai, pediu licença para efetuar o pagamento de todas as aulas adiantadamente. Após alguma relutância, convencido, acedeu. O moço entregou- lhe então a quantia de cinqüenta mil réis. Combinado o dia e a hora para o início das aulas, o visitante despediu- se, deixando Bezerra muito feliz, pois conseguiu assim pagar o aluguel e as taxas da Faculdade. Procurou livros na biblioteca pública para se preparar na matéria, mas o rapaz nunca mais apareceu.
 No ano de 1894, em face das dissensões reinantes no seio do Espiritismo brasileiro, alguns confrades, tendo à frente o Dr. Bittencourt Sampaio, resolveram convidar Bezerra a fim de assumir a presidência da Federação Espírita Brasileira.
 Em vista da relutância dele em assumir aquele espinhoso encargo, travou- se a seguinte conversação:
 -- Querem que eu volte para a Federação. Como vocês sabem aquela velha sociedade está sem presidente e desorientada. Em vez de trabalhos metódicos sobre Espiritismo ou sobre o Evangelho, vive a discutir teses bizantinas e a alimentar o espírito de hegemonia.
 -- O trabalhador da vinha, disse Bittencourt Sampaio, é sempre amparado. A Federação pode estar errada na sua propaganda doutrinária, mas possui a Assistência aos Necessitados, que basta por si só para atrair sobre ela as simpatias dos servos do Senhor.
-- De acordo. Mas a Assistência aos Necessitados está adotando exclusivamente a Homeopatia no tratamento dos enfermos, terapêutica que eu adoto em meu tratamento pessoal, no de minha família e recomendo aos meus amigos, sem ser, entretanto, médico homeopata. Isto aliás me tem criado sérias dificuldades, tornando- me um médico inútil e deslocado que não crê na medicina oficial e aconselha a dos Espíritos, não tendo assim o direito de exercer a profissão.
 -- E por que não te tornas médico homeopata? disse Bittencourt.
 -- Não entendo patavinas de Homeopatia. Uso a dos Espíritos e não a dos médicos.Nessa altura, o médium Frederico Júnior, incorporando o Espírito de S. Agostinho, deu um aparte:
-- Tanto melhor. Ajudar-te-emos com maior facilidade no tratamento dos nossos irmãos.
-- Como, bondoso Espírito? Tu me sugeres viver do Espiritismo?
-- Não, por certo! Viverás de tua profissão, dando ao teu cliente o fruto do teu saber humano, para isso estudando Homeopatia como te aconselhou nosso companheiro Bittencourt. Nós te ajudaremos de outro modo: Trazendo- te, quando precisares, novos discípulos de Matemática...

Chico Xavier - 50 anos de mediunidade


** No link abaixo é possível ver o vídeo na íntegra.

http://universoespirita.multiply.com/reviews/item/149

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Atidute mental


Neste vídeo, veremos o Homem e a capacidade do pensamento contínuo. Seu desconhecimento e o descontrole da força mental; o efeito do pensamento na prece coletiva e no passe; as conseqüências positivas e negativas no cotidiano das influências ativas e passivas que pratica e sofre.

A memória e o tempo

Tempo e espaço

Hermínio Miranda, com base nos episódios relatados pela Dra. Rhine, sobre uma jovem canadense que antecipou cenas de seu exame para motorista, que aconteceu dois dias depois; e sobre uma senhora de Seatle que antecipou cenas da janela de seu trem, que aconteceu meses depois; concluiu que se podemos ver o futuro, então é porque ele já existe.
Leibnitz disse, há mais de dois séculos, que o espaço é “a ordem ou relação das coisas entre si”; sem coisas, nada existe.

Hermínio indaga se haveria um espaço absoluto ou um tempo absoluto que servisse de referência às noções de espaço e tempo particulares de cada sistema; como o conceito de tempo da Terra, que decorre do seu movimento em torno de si e em torno do Sol.
Einstein descartou o conceito de espaço absoluto e tempo absoluto.

Prof. Barnett alega que a dificuldade no entendimento da Teoria da Relatividade depende da compreensão de que o senso de tempo é uma forma de percepção. Um lapso de tempo nada é sem um evento que o assinale. Tempo é um conceito subjetivo, que depende de um observador para apreciá-lo e está subordinado à sua localização no Universo. Por exemplo: se às 19h00 ligássemos para Londres, cuja hora local seria 0h00, ainda assim estaríamos falando ao mesmo tempo. Se falássemos com Arcturus, um corpo celeste, essa diferença seria de 38 anos entre o “alô” e a resposta. Por isso o Prof. Barnett concluiu que o Universo, o mundo objetivo não “acontece”, simplesmente existe.

URANOGRAFIA: ciência que descreve e estuda os fenômenos do céu; astronomia.
1. - A principal definição de “espaço é a extensão que separa dois corpos”. Seguindo esta idéia, alguns sofistas deduziram que onde não haja corpos não haverá espaço; o que serviu para alguns doutores em teologia afirmarem que sendo finito o número de corpos finito será o espaço.
Outra definição de espaço é “lugar onde se movem os mundos, o vazio onde a matéria atua”.
Galileu (Espírito comunicante pelo médium Camille Flammarion à Sociedade Espírita de Paris, em 1862 e 1863) propõe que se estabeleça o espaço como infinito. Argumenta que é difícil imaginar-se-lhe um limite; que seria mais fácil avançar eternamente pelo espaço, em pensamento, do que parar num ponto qualquer.
2. - “O tempo é a sucessão das coisas. Está ligado à eternidade, do mesmo modo que as coisas estão ligadas ao infinito”.
A Terra, no princípio, não se movia; por isso não se poderia determinar o tempo em época de séculos. Ao primeiro movimento, surgiu a manhã e a tarde. Para a Terra, a eternidade foi substituída pelo tempo contado em anos e séculos. Chegando o último dia deste mundo, cessarão os seus movimentos e o tempo acabará. Para a natureza universal, permanecem a imensidade sem limites e a eternidade sem limites.
O tempo é “medida relativa da sucessão das coisas transitórias”. Não existe medida de duração para a eternidade; ela não tem começo, nem fim: tudo lhe é presente.

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Água Magnetizada




A água é, de todos os corpos inertes, o que mais facilmente se magnetiza e que também comunica melhor a energia de que é portadora.
A água, por si mesma, já é, como o ar, a luz, o calor, um dos elementos primordiais da nossa vida planetária; magnetizando-a, aumenta-se consideravelmente a energia das suas propriedades vitais. Na opinião de todos aqueles que se ocupam de magnetismo sob o ponto de vista curador, a água magnetizada representa um papel muito importante na medicina magnética; de todas as magnetizações intermediárias é a que produz efeitos mais surpreendentes e mais úteis à saúde.
Entre os acessórios dos tratamentos magnéticos, eu encaro a água magnetizada como um dos mais preciosos; empreguei-a muitas vezes, e com a maior vantagem. (Dr. Roullier, 1817)
A água magnetizada é um dos agentes mais poderosos e salutares que se podem empregar; vi-a produzir efeitos tão maravilhosos que eu receava iludir-me, e só pude acreditar depois de milhares de experiências. Os magnetizadores não fazem muito uso da água magnetizada; entretanto ela lhes pouparia muitas fadigas, dispensariam os seus doentes de vários remédios, e acelerariam a cura se dessem a esse meio todo o valor que merece. (Deleuze)
Os efeitos produzidos pela água magnetizada são múltiplos, às vezes são até absolutamente opostos; alternativamente tônica ou laxativa a água magnetizada fecha ou abre as vias de eliminação conforme as necessidades do organismo, pois toda a magnetização direta ou indireta tem por fim o equilíbrio das correntes, e conseguintemente o das funções. O efeito será tônico, quando houver excesso nas funções de eliminação; será laxativo, quando as funções de condensação forem exageradas.
A água magnetizada possui a preciosa vantagem de substituir qualquer espécie de purgantes e de agir naturalmente nas constipações mais recentes. Tomada regularmente, em jejum e nas refeições durante muitas semanas seguidas, acaba quase sempre restabelecendo o equilíbrio das funções e triunfando da inércia intestinal a mais rebelde. Por este meio, restabelece o curso normal das fezes em pessoas impossibilitadas que permaneciam no leito há muitos anos, sem que conseguissem defecar, a não ser por meio de purgantes e clisteres. Algumas vezes, os efeitos purgativos da água magnetizada são muito pronunciados.
No tratamento de um reumatismo articular agudo, não somente as bebidas magnetizadas fizeram cessar uma constipação renitente, mas ainda provocaram trinta e uma dejeções abundantes e infectas, em menos de cinco dias. Longe de enfraquecerem o doente, elas trouxeram uma melhora tal em seu estado, que ele pode levantar-se, apesar de não ter tomado alimento durante os dez dias que esteve no leito.
No tratamento de um tumor do ouvido, complicado de uma hemiplegia da face, a água magnetizada produziu, no espaço de dezoito dias, três a oito evacuações diárias: estas dejeções líquidas não fatigaram de maneira alguma o doente, e livraram-no definitivamente do corrimento purulento do ouvido, primeira causa da hemiplegia, que desapareceu por sua vez cinco meses depois.
Se a água magnetizada tomada internamente, favorece as digestões e secreções, impede o retorno dos acessos nas febres intermitentes e pode reconstituir o organismo por completo, como se fora o melhor dos fortificantes; o seu emprego externo em loções e compressas não tem menos efeitos soberanos, para as feridas, os dartros, as queimaduras, as erisipelas e as moléstias de olhos.
A água magnetizada deve ser empregada como acessório de todo tratamento para auxiliar a ação magnética direta. Receita-se como bebida nas refeições ou nos intervalos; emprega-se também em banhos e loções.
Magnetiza-se a água da maneira seguinte, conforme os recipientes que a contêm:
Para magnetizar um copo d'água, toma-se com a mão esquerda, e com a direita faz-se imposições e passes na superfície do líquido e ao longo das paredes do copo.
Para magnetizar uma jarra ou uma garrafa d'água, deve-se colocá-la desarrolhada na mão esquerda, e fazer com a mão direita imposições e passes na entrada do vaso e ao longo de suas paredes; se o recipiente for muito grande, de modo que não se possa tê-lo entre as mãos, coloca-se-o sobre uma mesa diante de si, envolve-se-o do melhor modo que for possível com os dedos abertos, depois faz-se em seguida imposições e passes com as duas mãos na entrada do recipiente e ao longo das suas paredes.
Para magnetizar um banho, passa-se a mão aberta pela superfície da água, duma extremidade à outra da banheira, mergulha-se-a durante alguns minutos; depois, estende-se as mãos fora da água, para o centro, fazendo passes sucessivos muito lentos sobre a superfície da água.
Proporciona-se o tempo da magnetização ao volume de água e ao tamanho do recipiente. São necessários de dois a cinco minutos para magnetizar um copo ou uma garrafa, e cerca de dez minutos para magnetizar um banho.

Do livro Magnetismo Curador - Alphonse Bué
- Lembramos que, neste caso, a água magnetizada diz respeito à magnetização através do Magnetismo Animal, ou seja, fluido vital oriundo do ser humano, através da imposição das mãos. Em nada tem a ver com águas magnetizadas (imantadas) através de purificadores, jarras ou aparelhos com ímãs. (Blog Magnetismo

Fénelon - Poitiers, 1861

Um dia, Deus, em sua caridade inesgotável, permitiu ao homem ver a verdade varar as trevas. Este dia foi a chegada do Cristo.
  Depois da luz viva as trevas voltaram. O mundo, entre alternativas do conhecimento da verdade e obscuridade da ignorância, perdeu-se novamente. Então, tal como os profetas do Antigo Testamento, os Espíritos se puseram a falar e a vos advertir: O mundo está abalado em suas bases, o trovão provocará estrondo. Sede firmes!
  O Espiritismo é de ordem divina, visto que repousa nas próprias leis da Natureza, e acreditai que tudo o que é de origem divina tem um objetivo grande e útil. Vosso mundo se perdia. A Ciência, desenvolvendo-se, à custa dos valores de ordem moral, estava vos conduzindo ao bem-estar material em proveito do Espírito das trevas. Vós o sabeis, cristãos: o coração e o amor devem andar unidos à Ciência. O reino do Cristo, infelizmente, após dezoito séculos, e apesar do sangue de tantos mártires, ainda não chegou. Cristãos, voltai ao Mestre que vos quer salvar. Tudo é fácil para aquele que crê e ama. O amor o enche de uma alegria indescritível. Sim, meus filhos, o mundo está abalado; os bons Espíritos vos dizem sempre; curvai-vos sob o sopro que anuncia a tempestade a fim de não serdes derrubados, isto é, preparai-vos e não vos assemelheis às virgens loucas*, que foram apanhadas desprevenidas à chegada do esposo.
  A revolução que se prepara é mais moral do que material; os Espíritos, mensageiros do Senhor, inspiram a fé para que todos vós, companheiros da Doutrina, iluminados e ardentes, façais ouvir a vossa voz humilde.
Sois o grão de areia, mas, sem grãos de areia, não haveria montanhas, portanto, que estas palavras: “Somos pequenos”, não tenham mais sentido para vós. Cada um tem sua missão, cada um tem seu trabalho. A formiga não constrói seu formigueiro, e os animaizinhos insignificantes não erguem continentes? A nova cruzada começou: apóstolos da paz universal e não da guerra, São Bernardos modernos, olhai e andai para a frente! A lei dos mundos é a lei do progresso.